segunda-feira, 26 de maio de 2008

O dia estava cansado. A mente não funcionava, o corpo somente andava. Assim tudo era. assim tudo foi.

O sorriso era falso, na verdade ele já nem existia. O andar era um fardo, mas era também uma inércia.. Parar seria pior. Os olhos já não viam, porque isso não importava... Só importavam os instintos. Nem mais os instintos. Nada.

Respirar era uma perda de tempo. Mas nem isso era sentido.

Não existia mais sentido.

O chão já estava ali, mas sempre esteve ali... Agora já não importava. As plantas estavam onde sempre estiveram, mas já não eram as mesmas.

As pessoas olhavam, isso sim. Olhavam o corpo se movendo. Olhavam o movimento disforme. Olhavam a disformidade do corpo.
Tudo junto, tudo não sendo. Ou só sendo.

Sabe-se lá.

Depois do caminho que não passou. Depois de passar por onde nem viu. Depois de tudo... Enfim.. Chegou.

Era ali?
Não sabia.
Importava?
Não sabia.
Podia entrar?
Não sabia.

A vontade era fugir. Mas fugir de que? Fugir de quem? Não havia corpo ou ideia.. Não havia nada.
Nunca houve.

E assim ficou.
E assim até hoje está.
E assim permanecerá.

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