Uso de toda a incerteza
Dando voltas sem fim
Num ritual de pura beleza
Que sei só ser bom pra mim
Escondo minha ansiedade
E falo muito sem dizer nada
Com muita propriedade
Do concreto faço almofada
Só para dar na sua cara
E depois te acarinhar de novo
Numa demonstração bem clara
De tudo que quebro e absorvo
Finjo não haver mágoa
Uso de todos os meus artifícios
Dou nó em pingo d’água
Me engano em meu benefício
Às vezes até imagino
Como pode soar risível
Aos ouvidos de um menino
Que é assim tão sensível
Mas saiba que se engano
Não é por outro motivo
Que não o medo mais humano
E talvez o mais nocivo
Não quero seu mal
Nem mesmo seu dó
Mas se torna fatal
Não querer ficar só
Muito bom!!
ResponderExcluirCada um tem um jeito de "descontar" a carencia, cada um tem um jeito de fazer ficar mais proximo de quem gosta!
Adorei o seu!
Bejo!
Meu, seu.. é mais uma observação geral, digamos.
ResponderExcluirNão um caso único, mas uma junção de vários.
Valeu por sempre me escrever, cara.
Beijão!